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O CANTOR Download Kit imprensa (fotos e texto)
Ivan Santos nasceu na Paraíba, nordeste do Brasil, onde através dos séculos a cultura popular tornou-se o resultado da mistura de elementos indígenas, africanos, portugueses e árabes. Foi alí que começou a fazer música, antes de migrar para o Rio de Janeiro onde viveu 13 anos como músico profissional e compositor. Nesse tempo, além dos shows, compôs para a televisão, teatro e até as canções de um musical para a atriz Cláudia Raia. De lá para cá, artistas como Ney Matogrosso, Zé Ramalho, Lenine, Zé Renato, Paula Toller, Erasmo Carlos, Elba Ramalho e Pedro Luís têm gravado músicas de sua autoria.
Vivendo há mais de vinte e oito anos em Frankfurt, Ivan nunca deixou de estar presente na cena musical brasileira.
A indicação de "Do it" ao prêmio de "melhor canção" no Prêmio Tim de 2005 e as duas indicações para o Grammy Latino confirmam esta presença
OS GRAMMYS
No dia 3 de novembro de 2005 a canção "Ninguém faz idéia", parceria de Ivan Santos com Lenine, ganhou em Los Angeles o Grammy Latino de "Melhor canção brasileira em língua portuguesa". Nesse dia muita gente leu pela primeira vez seu nome em muitos jornais brasileiros e alguns da América. Mas Ivan Santos tem atrás de si uma longa carreira, que começou nos anos 70 na Paraíba, Nordeste do Brasil.
Em 2012 novamente uma parceria desta dupla, "Amor é pra quem ama", é indicada para o Grammy Latino na mesma categoria que em 2005.
O SHOW
Entretenimento bem humorado e novas informações são os ingredientes básicos da receita desse show. Ao vivo a banda toca composições de Ivan e algumas recriações de músicas tradicionais. O baião e o coco estão na base de quase tudo, mas acontece muito mais do que isso. O beat do Funk, do Reggae e do Rock podem ser percebidos naturalmente misturados às batidas brasileiras. Sua banda não tem um ”som próprio“, mas “vários sons próprios“. Ao vivo os músicos conduzem o público através de várias atmosferas sonoras. É um espetáculo ritmicamente muito rico que nunca cai na monotonia. Foi isso o que se viu nas apresentações por quase toda Alemanha, Inglaterra, França, Índia, Suiça, Áustria, Turquia, Croácia…
A BANDA
Ivan Santos: Violão, guitarra,
voz, harmônica
Angela Frontera: Bateria / percussão / coro
Angela veio diretamente dos clubes de São Paulo para os concertos de Grace Jones, Airto Moreira, Nina Hagen e Hector Costita. Sua autenticidade e conhecimento dos estilos musicais brasileiros
fazem dela uma das mais solicitadas na cena musical alemã. Com seu carisma e inesgotável energia Angela é um importate pilar musical deste trio. e
Marc-Inti Männel Saavedra: Baixo
Marc-Inti não é apenas um dos mais versáteis baixistas da cena musical de Frankfurt. A sua colaboração com Rick Vito, guitarrista do Fleetwood Mac, o guitarrista indiano Dr. Prakash Sontakke, ou o inglês Tarq Bowen, cantor de soul bastante festejado, falam por si.

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OUTRAS HISTÓRIAS

Paraibano
de Pernambuco
Ivan Santos sempre afirma que nasceu duas vezes; uma em Pernambuco e outra
na Paraíba.
Na primeira, em Recife, estavam por perto as laursas, os caboclinhos,
a vitrola eclética do pai, o rock'n'roll no rádio das vizinhas,
a mãe cantando a trágica "Farrapo humano" para
ele dormir. A cultura do calor urbano.
Aos 11 anos, em João Pessoa, aconteceu o segundo nascimento: um
mergulho na província, no universo rural dos repentistas, na mitologia
das feiras...e nos quadrinhos e livros de aventuras - monitores trazendo
outros mundos para dentro da cidade pequena.
No
entanto, entre esses dois nascimentos houve uma pausa marcante, um entreato
radical: dois anos em São Paulo. A metrópole fria com seus
homens de gabardine e chapéu de aba caída - que até
hoje ele lembra em preto e branco - como se a cidade fosse um gibi noir.
O Início
Com treze anos Ivan comprou a um amigo vizinho uma gaita Hering usada.
Com 14 ganhou seu primeiro violão, um velho Giannini de tampo cintilante,
comprado pelo pai na barbearia. Música era a brincadeira da temporada
e iê-iê- iê o que estava no ar. Wallace, o garoto da
gaita, lhe mostrou os primeiros acordes.
A
curiosidade atiçada pelas leituras infantis e a certeza, confirmada
pelos tempos em S.Paulo, de que havia outros mundos, atiçaram a
vontade de viajar no adolescente. No começo eram trips com o coral
da escola, o time de basquete ou com a universitária Operação
Mauá. Depois vieram as viagens com os grupos de teatro e por fim
com os grupos de música.
1969 - Conjunto de iê-iê-iê da Escola Técnica Federal
da Paraíba. Repertório: versões dos Beatles, Jorge
Ben e músicas de São João. Ivan toca baixo.
Sopa de Bruxa é seu segundo grupo; ele, Zé Wagner e Diniz.
O trio compõe o próprio material, com letras do parceiro
Nando. Adoram harmonias vocais, tocam violão-rítmo em uníssono
e ganham festival de música de escola secundária.
Aí
veio a contracultura, o underground pessoense, o contato com as coisas
do inconsciente, os filmes da sessão de arte, os shows de artistas
nacionais no Teatro Santa Roza. O encontro com Pedro Osmar, Alex Madureira,
Mozart, Jarbas Mariz, Bráulio Tavares, Fuba, Aranha, Zé
Ramalho. Depois veio o pessoal de Recife: Paulo Rafael, Zé Rocha,
Lenine.
 
1979
- 1ª Debandada
Agora é 1979 e Ivan Santos acabou de largar a universidade, o trabalho
de desenhista arquitetônico e de assumir pelos próximos 13
anos o aventureiro papel de músico-cantor-compositor, e até
ator, na cidade do Rio de Janeiro. A viagem até o Rio levará
8 meses, um longo Circuito Universitário com o Show Falando Música.
Ele, Tadeu Mathias e o percussionista Firmino.
Nos
primeiros 6 anos de Rio dividiu música e casa com os parceiros
e amigos Alex Madureira, Lenine e o escritor Júlio Ludemir. Pouco
depois entra em cena Lula Queiroga. Junto com ele, Bráulio Tavares
e Lenine, Ivan formou o grupo de compositores-cantores Wolf Gang (a gang
do lobo). Hoje esses amigos ocupam posições significativas
na cultura brasileira contemporânea, Ivan migrou, mas as parcerias
continuam ativas; nos cds de Lenine "Olho de Peixe", "Falange Canibal", "Lenine
inCité", "Labiata", "Chão" e no mais recente "EmTrânsito" há exemplos disso ("É mais além", "Do it", "Ninguém faz idéia", "Sonhei", "Magra", "Amor é pra quem ama", "Seres estranhos", "Intolerância). "Do it", inclusive,
foi uma das 3 indicadas ao prêmio de "melhor canção"
no "Prêmio Tim de Música" de 2005.
No
final dos 80, enquanto foi roadie (ele e Berna Ceppas) de banda de rock
pós-adolescente, compôs com Big Abreu e Dodo Ferreira alguns
dos hits do João Penca e seus Miquinhos Amestrados. Foi a época
de aprender rockabilly e palhaçada. Isso resultou em músicas
gravadas por Erasmo Carlos, Léo Jaime e Paula Toller, abertura
e trilha de novela da Globo (Sexo dos Anjos e Vamp), e até nas
canções do Splish Splash - pastiche musical tipo-Grease
estrelado por Cláudia Raia.
Nos
próximos anos stars brasileiros como Ney Matogrosso e Elba Ramalho virão
a gravar composições de Ivan.
"Uma
Banda chamada Cavallo" foi o último projeto do qual tomou
parte antes de sair do país. Aí a idéia era interpretar
como "funk" suas composições não
obrigatoriamente "funk". Os músicos que passaram por essa banda foram: Antônio
Saraiva, Newton Cardoso, Berna Ceppas, Kiki, Marcelo Lobato, Zé Bruno, Mário Dias Costa
e Nelson Duriez. Ivan tocava uma das guitarras e cantava.
 
1992
- 2ª Debandada
...Vivia na pindaíba / Pelos cantos feito aranha / Um dia fiz a
façanha / Olhei os preços da TAP / A grana só deu
pra LAP / E vim parar na Alemanha (trecho de Foguete Suburbano).
A
ida para a Alemanha é uma espécie de desconstrução
cultural e artística a la Miró. Uma extrema insatisfação
e o chute no pau da barraca. É reaprender a falar, reaprender a
ser visto e escutado. É se ver de outro ponto de fuga. É
o corte do cordão umbelical pela terceira vez na tentativa de corrigir
o foco do quadro do mundo.
Vinte e oito
anos on the road. Quase toda a Alemanha, parte da França e Suiça, Bélgica, Índia, Turquia, Croácia, Inglaterra, Portugal.
Quase todos tipos de palco e público. Colegas da África,
Balcãs, Caribe, os sul americanos, ingleses, os asiáticos, os russos. Estas viagens por outras culturas dando seqüência
às viagens pelo Brasil. Fazer música em todos os lugares
é meio como fazer música em lugar nenhum, a exata localização
geográfica perde sua grande importância. Daí o título
do primeiro cd: Songs from Nowhere.
Os textos
Ivan é
o poeta que usa suas palavras para imprimir emoções que
de outra forma não conseguiria. Um exemplo é a letra de
Lady Multimelancólica (canção usada pela coreógrafa
alemã Pina Bausch no seu espetáculo Água) que poderia
ser lida como filme, um curta, onde em apenas 8 versos ele descreve o
impacto e as divagações que lhe provoca a entrada de uma
mulher de aparência enigmática num bar onde ele já
se prepara para sair.
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